Chegou ao fim o pequeno torneio amistoso disputado na Suíça, o Brasil ficou com o título, o Canadá foi o vice-campeão, a Nova Zelândia ficou com o terceiro lugar, deixando a Colômbia em quarto. Nesta terça-feira, 17, aconteceram os dois jogos decisivos. No fim de semana passado o Canadá venceu a Nova Zelândia por 2 a 0 sem muito sofrimento. Já o Brasil sofreu bastante contra o limitado time colombiano, mas a vitória garantiu as brasileiras na final contra as canadenses. É bom que se lembre que o Brasil nos últimos três jogos contra o Canadá, havia colecionado derrotas. Uma delas aconteceu no Torneio Internacional Cidade de São Paulo, transmitido pela TV Bandeirantes em 2010. A derrota no Pan-Americano em 2011 também foi doída, o outro revés aconteceu em um amistoso.
Surpreendentemente, o Brasil melhorou consideravelmente do jogo contra a Colômbia para a peleja contra o Canadá. A defesa se mostrou segura na maior parte do jogo, Bruna Benites, Aline Pellegrino e Renata Costa se entenderam bem. Na ala direita Fabiana está voando, continua jogando fácil e deixando as adversárias na saudade com seus dribles. Pela esquerda Maurine não rende tão bem como pela direita, mas com o que Fabiana está jogando fica difícil tirá-la do time. Este que vos escreve prefere a Rosana pelo lado esquerdo. Mas por outro lado, não consegue imaginar Maurine fora do time titular. Na proteção à defesa, Ester como sempre se mostra uma marcadora implacável, eficiente, rouba bolas importantes. Miraildes Maciel Mota, mais conhecida como Formiga, esteve super bem no jogo, faz seu papel sem a bola e com ela demonstra todo seu potencial. Aos 34 anos, é uma das mais experientes do time, tem fôlego impressionante, aliado com boa técnica.
Daí para frente começam os sérios problemas desse time montado por Jorge Barcellos, que é a armação e criação de jogadas. Francielle tem se mostrado ineficiente nesse 3-5-2 montado pelo treinador. A bola não chega com qualidade aos pés de Marta e Thais, que se esforçam mas acabam sendo presas fáceis para as marcadoras. Nessa hora lembramos que Gabi poderia dar um toque de qualidade naquela posição, como ela ficou fora, no elenco ainda existe uma opção bem melhor que Francielle. Essa opção se chama Érika, jogadora utilizada na defesa pelo antigo treinador e também pelo atual. Mas que já demonstrou em inúmeras oportunidades, que pode ser bem mais útil em uma posição ofensiva. Jogava de atacante no Santos, várias vezes jogou como meia até mesmo na seleção. É uma jogadora técnica, com visão de jogo, boa estatura e finalização.
Thais se mostrou uma importante opção para as jogadas em velocidade, com muita garra, vem tentando mostrar que pode ser titular. E só está gozando dessa posição porque Cristiane está voltando de contusão e ultimamente tem se mostrado pouco concentrada no futebol. Como diriam alguns, nossa matadora "Ronaldinhou"! O Canadá entrou com muitas mudanças em relação ao que fez no Mundial em 2011, onde decepcionou muito e acabou ficando na última posição. Esse time poderia ter feito muito mais naquele torneio. Na época o gélido país era treinado pela italiana Carolina Morace, com a ótima treinadora, Chapman jogava na lateral-direita, muito bem diga-se. Hoje o time é treinado por John Herdman, que neste jogo contra o Brasil escalou Chapman como zagueira. Quem atuou pela direta foi Robyn Gayle, que se sai melhor jogando no miolo.
Como esse torneio é amistoso, valem observações desse tipo, testar algumas opções. Mais uma vez, Christine Sinclair esteve muito isolada no ataque. Melissa Tancredi é forte, esforçada, porém não possui técnica alguma. Zurrer, que se mostrou a melhor zagueira do time no Mundial, ficou esquentando o banco. Ao menos, Karina LeBlanc foi titular, a goleira é calma e competente quando exigida, passa segurança para toda a defesa. Quando era treinado por Morace, o Canadá era melhor organizado, diferente do que mostrou hoje contra o Brasil. Até por estar um pouco modificado, já que algumas titulares ficaram no banco, como Kyle, por exemplo. O time brasileiro por mais que ainda não esteja organizado, ao menos mostrou uma vontade que não tínhamos visto nos dois amistosos anteriores. Isso por si só já aumenta a confiança daqueles que estavam descrentes na Seleção Canarinho.
O que vale observar ainda, é que o Brasil está mais forte nas jogadas de bola parada, os cruzamentos levam muito perigo. Tanto é que foi em um deles que saiu o gol de Formiga! O Canadá pouco ameaçava, no primeiro tempo Andréia nem pegou na bola. Com a vantagem no placar o Brasil controlava o jogo como queria, apesar de também não ser incisivo. Pois LeBlanc também pouco pegou na bola, demonstrando que o Brasil não estava criando chances claras de gol. Só depois da metade do segundo tempo é que o Canadá conseguiu incomodar nossa goleira. Como não podia ser diferente, Sinclair dominou já ajeitando e chutou no cantinho, Andréia caiu e fez bela defesa. Pouco depois Sinclair recebeu sozinha cara a cara, finalizou mas nossa goleira fez a defesa que parecia garantir a vitória. Nos acréscimos, o Canadá foi com todas as jogadoras possíveis para dentro da área brasileira. Na cobrança de falta, a bola espirrou, Aline furou feio, Andréia saiu mal do gol e Sinclair aproveitou e definiu para o fundo do gol brasileiro.
É inconcebível o Brasil tomar tantos gols nos últimos minutos dos jogos, fato que tem se repetido de forma nada positiva. Mas como o futebol é o esporte mais imponderável que existe, pouco depois de a bola estar em jogo novamente, Marta, em sua melhor característica, saiu em velocidade pela esquerda, driblou duas adversárias e cruzou para a área. Grazielle, que havia entrado pouco antes no lugar de Thais, fez o gol e no momento do êxtase acabou tirando a camisa e correndo para o abraço. E assim o Brasil foi campeão da Copa da Suíça, apesar de ser apenas um torneio amistoso, foi bom ver nossas verdadeiras guerreiras vibrando e levantando uma taça. Contudo, os sorrisos devem ficar de lado, porque ainda falta muito para ser um time capaz de derrotar Estados Unidos, Japão França e Suécia. Favoritos ao título, com bons conjuntos e mais preparados para disputar uma competição da magnitude dos Jogos Olímpicos.
Surpreendentemente, o Brasil melhorou consideravelmente do jogo contra a Colômbia para a peleja contra o Canadá. A defesa se mostrou segura na maior parte do jogo, Bruna Benites, Aline Pellegrino e Renata Costa se entenderam bem. Na ala direita Fabiana está voando, continua jogando fácil e deixando as adversárias na saudade com seus dribles. Pela esquerda Maurine não rende tão bem como pela direita, mas com o que Fabiana está jogando fica difícil tirá-la do time. Este que vos escreve prefere a Rosana pelo lado esquerdo. Mas por outro lado, não consegue imaginar Maurine fora do time titular. Na proteção à defesa, Ester como sempre se mostra uma marcadora implacável, eficiente, rouba bolas importantes. Miraildes Maciel Mota, mais conhecida como Formiga, esteve super bem no jogo, faz seu papel sem a bola e com ela demonstra todo seu potencial. Aos 34 anos, é uma das mais experientes do time, tem fôlego impressionante, aliado com boa técnica.
Daí para frente começam os sérios problemas desse time montado por Jorge Barcellos, que é a armação e criação de jogadas. Francielle tem se mostrado ineficiente nesse 3-5-2 montado pelo treinador. A bola não chega com qualidade aos pés de Marta e Thais, que se esforçam mas acabam sendo presas fáceis para as marcadoras. Nessa hora lembramos que Gabi poderia dar um toque de qualidade naquela posição, como ela ficou fora, no elenco ainda existe uma opção bem melhor que Francielle. Essa opção se chama Érika, jogadora utilizada na defesa pelo antigo treinador e também pelo atual. Mas que já demonstrou em inúmeras oportunidades, que pode ser bem mais útil em uma posição ofensiva. Jogava de atacante no Santos, várias vezes jogou como meia até mesmo na seleção. É uma jogadora técnica, com visão de jogo, boa estatura e finalização.
Thais se mostrou uma importante opção para as jogadas em velocidade, com muita garra, vem tentando mostrar que pode ser titular. E só está gozando dessa posição porque Cristiane está voltando de contusão e ultimamente tem se mostrado pouco concentrada no futebol. Como diriam alguns, nossa matadora "Ronaldinhou"! O Canadá entrou com muitas mudanças em relação ao que fez no Mundial em 2011, onde decepcionou muito e acabou ficando na última posição. Esse time poderia ter feito muito mais naquele torneio. Na época o gélido país era treinado pela italiana Carolina Morace, com a ótima treinadora, Chapman jogava na lateral-direita, muito bem diga-se. Hoje o time é treinado por John Herdman, que neste jogo contra o Brasil escalou Chapman como zagueira. Quem atuou pela direta foi Robyn Gayle, que se sai melhor jogando no miolo.
Como esse torneio é amistoso, valem observações desse tipo, testar algumas opções. Mais uma vez, Christine Sinclair esteve muito isolada no ataque. Melissa Tancredi é forte, esforçada, porém não possui técnica alguma. Zurrer, que se mostrou a melhor zagueira do time no Mundial, ficou esquentando o banco. Ao menos, Karina LeBlanc foi titular, a goleira é calma e competente quando exigida, passa segurança para toda a defesa. Quando era treinado por Morace, o Canadá era melhor organizado, diferente do que mostrou hoje contra o Brasil. Até por estar um pouco modificado, já que algumas titulares ficaram no banco, como Kyle, por exemplo. O time brasileiro por mais que ainda não esteja organizado, ao menos mostrou uma vontade que não tínhamos visto nos dois amistosos anteriores. Isso por si só já aumenta a confiança daqueles que estavam descrentes na Seleção Canarinho.
O que vale observar ainda, é que o Brasil está mais forte nas jogadas de bola parada, os cruzamentos levam muito perigo. Tanto é que foi em um deles que saiu o gol de Formiga! O Canadá pouco ameaçava, no primeiro tempo Andréia nem pegou na bola. Com a vantagem no placar o Brasil controlava o jogo como queria, apesar de também não ser incisivo. Pois LeBlanc também pouco pegou na bola, demonstrando que o Brasil não estava criando chances claras de gol. Só depois da metade do segundo tempo é que o Canadá conseguiu incomodar nossa goleira. Como não podia ser diferente, Sinclair dominou já ajeitando e chutou no cantinho, Andréia caiu e fez bela defesa. Pouco depois Sinclair recebeu sozinha cara a cara, finalizou mas nossa goleira fez a defesa que parecia garantir a vitória. Nos acréscimos, o Canadá foi com todas as jogadoras possíveis para dentro da área brasileira. Na cobrança de falta, a bola espirrou, Aline furou feio, Andréia saiu mal do gol e Sinclair aproveitou e definiu para o fundo do gol brasileiro.
É inconcebível o Brasil tomar tantos gols nos últimos minutos dos jogos, fato que tem se repetido de forma nada positiva. Mas como o futebol é o esporte mais imponderável que existe, pouco depois de a bola estar em jogo novamente, Marta, em sua melhor característica, saiu em velocidade pela esquerda, driblou duas adversárias e cruzou para a área. Grazielle, que havia entrado pouco antes no lugar de Thais, fez o gol e no momento do êxtase acabou tirando a camisa e correndo para o abraço. E assim o Brasil foi campeão da Copa da Suíça, apesar de ser apenas um torneio amistoso, foi bom ver nossas verdadeiras guerreiras vibrando e levantando uma taça. Contudo, os sorrisos devem ficar de lado, porque ainda falta muito para ser um time capaz de derrotar Estados Unidos, Japão França e Suécia. Favoritos ao título, com bons conjuntos e mais preparados para disputar uma competição da magnitude dos Jogos Olímpicos.
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