terça-feira, 31 de julho de 2012

Torneio Olímpico de Futebol - Grupo C - Egito


O Egito já se classificou para os Jogos Olímpicos em 12 oportunidades, sendo que participou apenas dez vezes, desistiu em 1956 e 1980 por motivos políticos. Com exceção de Barcelona 1992, os faraós participaram do período anterior ao limite de idade até 23 anos. Sua melhor colocação foi o quarto lugar, conquistado em duas oportunidades, em Amsterdã 1928 e em Tóquio 1968. O ex-zagueiro de sucesso no futebol egípcio Rany Hamzy, vem conquistando bons resultados desde que assumiu a seleção como treinador em 2009. 
Seu primeiro grande feito foi classificar o time para as Olimpíadas depois de 20 anos ausentes. Perguntado sobre as expectativas do Egito diante do desafio olímpico, o técnico se mostrou otimista. "Não vamos até lá apenas para participar", avisou. A intensa preparação da seleção de Ramzy, com nove amistosos e a participação no Torneio de Toulon, sugere que os faraós estão sonhando alto desta vez. Após a decepcionante ausência da seleção principal na Copa Africana de Nações 2012, cabe aos meninos da sub-23 recuperar a alegria e o orgulho dos torcedores egípcios com uma boa exibição nos Jogos de Londres.


Para tentar fazer um bom papel em Londres, Ramzy confia muito no goleiro Ahmed El Shenawi, bem como também confia nos meias Shehab Ahmed e Mohamed El Neny. O treinador usou muito bem as convocações dos jogadores acima dos 23 anos. Chamou Mohamed Aboutrika, um dos melhores jogadores do país e respeitado pelos companheiros. O habitual camisa 22 do Al Ahly vestirá a camisa cinco nessas Olimpíadas. Outro bom nome escolhido pelo treinador foi Emad Moteab, que aos 29 anos é um dos melhores artilheiros que o país possui. O meia Ahmed Fathi é o outro mais veterano, tem 27 anos e possui experiência no futebol inglês. 
Quem pode despontar bem é o jovem Mohamed Salah, revelado pelo Al Moqaweloon, está há duas temporadas jogando no Basel, da Suíça. Ao lado do zagueiro Ahmed Hegazy, são os únicos da lista que atuam fora do Egito. Hegazy, tem 1,93 m, está na Fiorentina há duas temporadas, nesta que se inicia deve ser melhor aproveitado no time de cima, o mesmo vale para Salah. Das nove partidas disputadas no torneio pré-olímpico, o Egito venceu cinco, empatou uma e perdeu três. Foram 12 gols marcados e seis sofridos. Oito jogadores diferentes balançaram as redes adversárias, Ahmed Sherwida e Marwan Mohsen foram os artilheiros, com três gols cada. Após toda a crise política que o país passou, o massacre de Port Said, o que a torcida e os admiradores mais esperam é um futebol bem jogado. Querem paz acima de tudo, futebol é um negócio rentável, mas também é amor, paixão e muita diversão para os mais variados povos. 


Fonte: FIFA

Nova Zelândia - Grupo C


Depois do mico recente que foi a eliminação precoce na OFC Nations Cup, resta ao time neozelandês tentar fazer uma campanha digna nesses Jogos Olímpicos, pra assim apagar a má impressão deixada. Perder a vaga na Copa das Confederações de 2013, que será disputada em solo brasileiro, foi um absurdo. Com a saída da Austrália para a confederação asiática, pensava-se que a Nova Zelândia reinaria absoluta na Oceania. Mas como você pode notar leitor, não tem sido assim. Basta lembrar que em 2010 o representante da Oceania no Mundial de Clubes foi o Hekari United, de Papua Nova Guiné! No pré-olímpico a Nova Zelândia fez 15 gols em apenas quatro partidas. Dez deles saíram na fase de grupos, contra a fraquíssima seleção de Tonga. As outras partidas foram vencidas por apenas um gol de diferença, incluindo a dura final contra Fiji. 


Como se pode ver, Taiti, Nova Caledônia, Fiji e Ilhas Salomão já incomodam o que poderia ser um reinado absoluto do belo país chamado Nova Zelândia. Até mesmo Papua Nova Guiné já conseguiu incomodar ao menos no âmbito de clubes. Em pensar que tem pessoas que acham que a Oceania nem deveria ter uma vaga direta na Copa do Mundo. O que foi dito mostra que onde há trabalho sério e apoio da Fifa o futebol se desenvolve. E para tentar apagar as imagens ruins, o treinador inglês Neil Emblen terá bons jovens valores para apostar. O meia Kosta Barbarouses é um desses jovens, revelado pelo Team Wellington, o descendente de gregos acaba de se transferir para o Panathinaikos, depois de ter jogado durante uma temporada no Alania Vladikavkaz, clube que acaba de retornar para a primeira divisão no futebol russo. 

Para quem não sabe, o Team Wellington, da capital neozelandesa, joga pela NZ Football Championship, também conhecida com O-League, competição nacional oficial de clubes no país. Após três temporadas no clube que o revelou, Barbarouses teve uma rápida passagem pelo Wellington Olympic, de lá transferiu-se para o Wellington Phoenix, também da capital do país, porém, disputa a A-League, primeira divisão de futebol da Austrália, ou seja, foi um bom salto na carreira. Depois de três anos no Phoenix e um empréstimo ao modesto Macarthur Rams, time das divisões reginais na Austrália, acabou rumando para o Brisbane Roar, habitual representante da primeira divisão australiana. Veremos o que Barbarouses pode fazer jogando no futebol grego, com o país em crise, sem grana para investir, o futebol também sofre com essas consequências.

O goleirão Jake Glesson, de 1,93 m, também foi revelado pelo Team Wellington, já está há três anos na Major League Soccer (MLS), liga de futebol dos Estados Unidos. Ele é uma aposta segura quando a Nova Zelândia não puder mais contar com os serviços de Mark Paston e Glen Moss, os dois goleiros mais utilizados pela seleção. Outro que merece destaque é o descendente de chilenos Marco Rojas, o baixinho camisa onze se notabiliza pelas rápidas jogadas. Trata-se de um daqueles atacantes que zagueiro nenhum curte marcar, incansável, irrita os marcadores. revelado pelo Waikato FC, depois de duas temporadas no Phoenix, já está indo para sua terceira temporada no Melbourne Victory. O clube foi fundado em 2004 e seu uniforme aparentemente foi inspirado na bela camisa do Vélez Sarsfield, da Argentina.

                                                                                        Jake Gleeson
                                                                      
Quem chama atenção pela precocidade é Cameron Howieson, que tem apenas 17 anos e já está entre os jogadores Sub-23. Howieson vai para sua segunda temporada no Burnley, clube da segundona inglesa, canhoto, trata-se de uma boa aposta para o futuro. E com o intuito de ajudar os mais jovens, Emblen chamou os três maiores de 23 anos. Ryan Nelsen, zagueiro de 34 anos, com experiência boa nos Estados Unidos e na Inglaterra. Durante anos foi o capitão e uma das principais referências na seleção neozelandesa. Os outros dois nomes são os atacantes Shane Smeltz e Michael McGlinchey, o primeiro nasceu na Alemanha e fez a maior parte de sua carreira no futebol australiano, com rápidas passagens pela Turquia e pela iInglaterra, hoje faz seus gols com a camisa Perth Glory. McGlinchey foi revelado nas categorias de base do Celtic, da Escócia, descendente de irlandeses, não se firmou no clube católico e após empréstimos para Dunfermline e Motherwell acabou negociado com o australiano Central Coast Mariners FC, aonde vai para sua quarta temporada.

Com Ryan Nelsen, Ivan Vicelich, Simon Elliott, Shane Smeltz e Chris Killen próximos do fim da carreira, fica inevitável que uma renovação não seja feita. E o principal atacante desse atual time olímpico é um dos que seguirá no caminho evolutivo da Nova Zelândia. Chris Wood, apesar de ter apenas 20 anos, já é conhecido há alguns anos. Revelado pelo Waikato FC, Wood rumou para a Inglaterra ainda na adolescência. Lá começou a se desenvolver nas categorias de base do West Bromwich Albion, tradicional clube inglês da região de Birmingham. Depois de alguns empréstimos para Barnsley, Brighton & Hove Albion, Birmingham e Bristol City, nesta temporada 2012/2013 deve ser melhor aproveitado pelos Baggis.
Contudo, independente do que aconteça nessas Olimpíadas, o foco maior deve ser preparar e organizar o time para que não fique fora da próxima Copa do Mundo.

Com alguns ajustes, Chris Wood, Marco Rojas, Kosta Barbarouses, Jake Gleeson, Winston Reid, Michael McGlinchey, Jeremy Brockie e Cameron Howieson podem seguir no caminho evolutivo que a Nova Zelândia já mostrou estar trilhando. Como ficou provado na Copa de 2010, na África do Sul, aonde os neozelandeses foram eliminados na primeira fase, é verdade, mas saíram de forma honrosa, sendo eliminados sem perder. Foram dois empates por 1 a 1 contra Itália e Eslováquia, além de um 0 a 0 com Paraguai, deixando os italianos na lanterna do grupo. Bons testes contra Egito, Bielorrússia e Brasil virão, o que será que vai acontecer?

Torneio Olímpico Feminino - Consolidações e Recuperações



Grupo E

Depois de sofrer muito para vencer a Nova Zelândia na primeira rodada, a Grã-Bretanha goleou a seleção camaronesa, como já era esperado. O jogo contra o país da Oceania foi muito truncado, pois as neozelandesas são organizadas principalmente na defesa. E quando com a bola rolando ás vezes o jogo não flui como os jogadoras esperam, uma jogada parada pode resolver tudo. Foi assim que o time britânico venceu o enjoado time neozelandês. Conseguiram o gol da vitória aos 18' do segundo tempo, em uma bela cobrança de falta da lateral Stephanie Houghton. Jenny Bindon bem que tentou, mas não conseguiu chegar na bola, que morreu em seu canto direito. 
Contra Camarões, as britânicas poderiam ter vencido por um placar bem maior do que o 3 a 0 final. Apenas aos 17 minutos saiu o primeiro gol das anfitriãs, com Casey Stoney, aproveitando longo lançamento, tocou para o fundo do gol de Anette Ngo Ndom. Cinco minutos depois saiu aquele que pode ser considerado um dos gols mais bonitos dos Jogos Olímpicos. Tocando a bola de pé em pé, a Grã-Bretanha envolveu o ingênuo time africano. Kelly Smith lançou Little na área, a escocesa deu um lindo toque de calcanhar para Jill Scott sair na cara do gol e definir com maestria, lembrando que ela é considerada a Steven Gerrard do futebol feminino. 

Com dois a zero no placar e sem sofrer nenhum risco. As britânicas passaram a controlar o jogo, o ritmo caiu bruscamente, no fim, Houghton com um belo chute de fora da área definiu a vitória. O último jogo da chave, contra o Brasil, servirá apenas para definir quem fica com a primeira colocação. As neozelandesas ainda possuem chances de classificação, desde que goleiem Camarões e Canadá e Coréia do Norte não vençam Suécia e Estados Unidos, respectivamente. As norte-coreanas estão com saldo de -3, as canadenses têm saldo 2 e a Nova Zelândia tem saldo de -2. Precisa vencer as camaronesas por 5 a 0 e torcer para as canadenses não marcarem nenhum gol. Assim as três seleções terminariam com três pontos, a Nova Zelândia levaria a vaga por um golzinho. Mas vai ser muito difícil isso acontecer, como esse esporte se chama futebol, melhor esperar e ver o que acontece.


Grupo F

Japão e Suécia notadamente são as duas maiores forças dessa chave, em 2011 se enfrentaram nas semifinais da Copa do Mundo, onde o Japão venceu por 3 a 1 sem sustos. Vacinadas, as suecas entraram mais cautelosas para essa peleja. Até dominaram boa parte do primeiro tempo, Homare Sawa era muito bem marcada, o que dificultava a criação japonesa. No segundo tempo as japonesas foram ligeiramente melhor, mesmo não tendo nenhuma chance clara de gol. No fim o empate por 0 a 0 acabou sendo justo e manteve as duas equipes em boas condições para a classificação. Um empate contra o Canadá já garante a seleção da Escandinávia nas quartas. O Japão pega a fraca seleção da África do Sul, deve vencer sem dificuldades, até mesmo goleando. 


O Canadá se recuperou bem da derrota na estreia contra as japonesas, vencendo a frágil seleção sul-africana por 3 a 0. Melissa Tancredi e a matadora Christine Sinclair fizeram os gols que deixaram a equipe canadense em boas condições para a classificação. O treinador britânico John Herdman, acertadamente colocou Karina LeBlanc titular no gol, substituindo a fraca e insegura Erin McLeod. Outra mudança significativa foi a entrada de Robyn Gayle na vaga da Candace Chapman, que sentiu uma lesão na panturrilha. Lembrando que com Herdman, Chapman tem jogado de zagueira, com sua contusão, Gayle entrou para formar a dupla com Carmelina Moscato. De forma inexplicável a habitual titular, Emily Zurrer está esquentando o banco. Quem está se dando bem jogando pelo lado esquerdo é a musa Laure Sesselmann, que ao menos na marcação tem se mostrado bem eficaz! Sesselmann veste a camisa dez, apesar de estar atuando na defesa, sabe jogar como atacante. Contra a Suécia, as canadenses só dependem delas para conseguir a classificação. Em caso de derrota, terão que torcer para Coréia do Norte e Nova Zelândia não vencerem.


Grupo G

No jogo mais esperado do início deste Jogos Olímpicos, Estados Unidos e França não decepcionaram quem gosta de bom futebol e muitos gols. Com muita garra, as francesas entraram determinadas a vencer as favoritas de sempre. Depois de estarem vencendo por 2 a 0 e tomarem a virada para 4 a 2, restava a elas a recuperação no jogo seguinte, contra a Coréia do Norte. E a goleada por 5 a 0 contra as asiáticas foi uma demonstração de força, de que ali há futebol para voos mais altos. Sendo assim, a França está com a faca e o queijo na mão, dificilmente não vencerá a Colômbia. E é pouco provável que a Coréia do Norte consiga algum resultado melhor que uma derrota contra as americanas. A França tem um time forte, baseada no time campeão europeu, com entrosamento e peças das mais variadas características, trata-se de um time forte.


Com duas vitórias consistentes e convincentes, os Estados Unidos até o momento deitam e rolam no Torneio Olímpico de futebol feminino. Carli Lloyd sempre leva perigo com seus potentes chutes de longa distância, Wambach é a Marta do cabeceio, Cheney arma muito bem as jogadas, Rapinoe herdou a vaga de Krieger, que com uma contusão no joelho ficou fora, mas a loirinha dá conta do recado, com sua velocidade e dribles curtos inferniza pelos flancos. Tem a ótima zagueira Rampone, que ao seu lado tem a atabalhoada, porém esforçada, Rachel Buehler. A cereja do bolo não poderia ser outra que não Alex Morgan, a super gata bate um bolão. Com o perdão do trocadilho, a beleza dessa jogadora fica em segundo plano, quando se percebe o grande futebol que joga. Contra o Coréia do Norte talvez Pia Sundhage teste algumas alternativas já pensando nas fases derradeiras da competição.

Veja a tabela completa e os horários dos jogos aqui.



Torneio Olímpico Feminino - No Sufoco!





Depois da sonora goleada contra a inexpressiva seleção camaronesa de futebol feminino, muitos se empolgaram, porém se esqueceram de olhar para a fraqueza do adversário que não pode ser chamado nem de amador. Como o previsto, o jogo contra a Nova Zelândia seria muito mais difícil, e foi! Não que as neozelandesas sejam um time espetacular, entretanto, o treinador britânico Tony Readings tem um time bem consciente taticamente, com uma defesa forte e laterais de boa qualidade. O Brasil, ainda meio confuso em campo, não conseguia furar o bloqueio defensivo da Nova Zelândia. Ester e Francielle tinham muita dificuldade para ajudar na transição da defesa para o ataque.  Fran, principalmente, já que ela é quem deve fazer a bola chegar com qualidade nos pés de Marta e Cristiane dentro desse esquema. Não era o que acontecia, o que se via eram muitos erros de passe - principalmente de Ester - e muita ligação direta, chutões que só dificultam o trabalho das atacantes que só recebem verdadeiras bolas quadradas, para não dizer um tijolos. Assim fica difícil incomodar uma defesa bem postada. Formiga é craque, mas sobrecarregada, não consegue carregar a cruz sozinha.



No fim, quando o jogo parecia mesmo caminhar para a igualdade, Cristiane mostrou toda a categoria de quem é a maior artilheira da história dos Jogos Olímpicos, ao aproveitar rebote na área e fazer o gol que deu uma importante vitória ao Brasil. Que esteve abaixo da crítica e precisa melhorar muito para quem quer conseguir a inédita medalha de ouro. Classificada, a seleção agora precisa fazer um grande jogo contra as anfitriãs, tentar criar mais, enfrentando uma seleção que é superior à Nova Zelândia, subindo degrau por degrau, o Brasil pode chegar ao objetivo. Com a classificação garantida, o treinador Jorge Barcellos bem que poderia testar algumas alternativas. Por exemplo, jogar com a Érika no lugar da Ester e colocar a Daiane Bagé no meio da defesa. Ou até mesmo entrar com a Rosana no meio-campo para ver se ela consegue trabalhar a bola melhor que Fran, que só é titular porque nas bolas paradas pode definir um jogo. Veremos o que acontece! Veja a crônica oficial da Fifa neste link, ou veja também como foram todos os gols da segunda rodada  e o gol de Cris nos vídeos abaixo:


Women's Soccer United ou Record!


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Torneio Olímpico Masculino - Grupo C - Brasil


Em tempos difíceis para o futebol brasileiro, o sonho do ouro olímpico continua vivo, mesmo longe do que outrora já foi, inevitavelmente o Brasil entra como um dos favoritos. Em tempos de vacas magras, onde qualquer Joãozinho que pedala é chamado de craque, sofremos com jogadores cada vez mais mimados. Ou pior, mais preocupados com o cabelo, com os comerciais que vão fazer para encher ainda mais o rabo de dinheiro. Ou Robinho e Diego se tornaram os craques que a mídia brasileira tanto falava? Na falta de ídolos, qualquer um capaz de alguns dribles já é elevado aos céus. Neymar e Ganso obviamente não são jogadores ruins, longe disso, mas também estão distantes de serem craques estelares comparáveis a Messi e Cristiano Ronaldo. O choque de realidade dado pelo Barcelona no fim de 2011 foi bom para alguns ufanistas pachequistas entenderem que há muito tempo o Brasil já não assusta ninguém. 


A perda do Mundial Sub-20 de 2009 mostrou como o nosso futebol está carente, ou dava para esperar muito de um ataque que tinha Alan Kardec? O que dizer de Wellington Júnior, Bruno Bertucci, Maylson, Boquita e Ciro? Um bando de jogadores que não vingaram. Wellington, aos 23 anos, mal consegue jogar no Madureira. Dalton não se firmou no Fluminense e no Internacional não consegue jogar, Diogo, o lateral-esquerdo revelado pelo São Paulo, desapareceu no futebol belga. Fabrício, hoje no Vasco, apareceu bem no Palmeiras e no Flamengo, quando teve chances foi bem nessa seleção, mas no ano passado foi rebaixado com o Atlético Paranaense. Por mais que tenha formado uma boa dupla com Manoel, no todo o time era muito ruim. Desse time salvam poucos, Rafael Tolói, Douglas, Ganso, Giuliano, Douglas Costa, Souza, Alex Teixeira e Maicon. 


Em 2011 o Brasil foi campeão do Mundial Sub-20, passando pela Espanha nas quartas de final, bom lembrar que o empate no tempo normal só aconteceu porque a arbitragem validou um gol ilegal de Willian José, claramente impedido. Nos outros jogos teve méritos e mereceu o título, mas como na outra geração, muitos desses jogadores não vingarão. Dudu, Bruno Uvini, Juan, Casemiro, Henrique, Negueba, Alan Patrick não enganam este que vos escreve. Oscar, destaque daquele time, inclusive fazendo três gols na final, dois deles sem querer, também não é um jogador convincente. Para ver como o futebol está numa fase ruim em geral, o Brasil foi campeão se dando ao luxo de deixar Lucas e Neymar fora do Mundial. Ambos arrebentaram no fraco sul-americano, torneio onde o Brasil não tem adversários. Nem a gana argentina resolveu contra o Brasil. Para se ter uma ideia, o PIB da Argentina é menor do que o do estado de São Paulo. Ou seja, hoje em dia não dá para competir com esse país que cada vez mais cresce.


Por isso o mérito argentino é muito grande por conseguirem ser nossos rivais, sendo um país bem menor e mais pobre que o nosso. Ganhar sul-americano para a seleção brasileira não é mais do que a obrigação! Do time campeão Sub-20 em 2011, Philippe Coutinho, Fernando e Gabriel Silva são os mais promissores. Meu xará foi muito bem enquanto esteve emprestado ao Espanyol, de Barcelona, retornou para Internazionale com moral e nessa temporada deve se firmar. Fernando vem jogando muito bem no Grêmio, volante que tem muitas qualidades, já Gabriel Silva foi contratado pela Udinese, emprestado ao Novara e na temporada 2012/2013 deve ter mais chances. Já que terá a companhia de muitos brasileiros, seis no total. Danilo, Neuton, Willians, Allan, Maicosuel e Paulo Barreto. Udinese que tem olheiros espalhados pelo mundo e  que fazem um ótimo trabalho. Cada ano que passa o clube incomoda cada vez mais os gigantes da Itália, mesmo perdendo seus destaques para os mesmos. Como perdeu Isla e Asamoah para a Juventus e o goleirão Samir Handanovic para a Internazionale.


Buscando formar uma seleção forte para 2014, Mano Menezes tem recebido muitas críticas pelo péssimo futebol que o time vem desempenhando. Melhorou quando disputou aqueles amistosos nos Estados Unidos, mas ainda longe de um padrão ideal. Poucos percebem que o material humano não é mais tão vasto como em outros tempos. Não temos um craque em cada posição, nem nunca fomos tão superiores aos nossos adversários. Talento, brota em qualquer lugar, a Copa de 1994 podia muito bem ter ido para a Itália, nas penalidades quem controla melhor os nervos vence, felizmente para nós, o Brasil foi campeão Mundial novamente depois de 24 anos. São muitos anos para se achar tanto não? Entenda leitor, a intenção aqui não é ser do contra, anti-patriota. Mas que é irritante demais ver a "globalização", o embabacamento do esporte no Brasil, ah é!. O resultado nesses Jogos Olímpicos vai definir o que deve ou não mudar para o futuro. Tomara que ao menos o time seja organizado para não passar vergonha em casa. 

O time que vai começar as Olimpíadas é o seguinte:





Torneio Olímpico Masculino - Grupo C - Bielorrússia


A classificação para os Jogos Olímpicos pode ser considerada a maior conquista do futebol bielorrusso. Desde a dissolução da União Soviética em 1991, estar em Londres é o maior triunfo já conquistado pelo país de Aleksandr Hleb. Nos últimos anos o futebol da Bielorrússia passou por uma impressionante evolução. "O maior avanço para mim é que uma tendência de futebol moderno passou a ser aplicada em todo o país", comentou o alemão Bernd Stange no ano passado em entrevista exclusiva ao Fifa.comquando ele ainda ocupava o cargo de técnico da Bielorrússia. "Isso significa que começamos a adotar uma filosofia relativamente uniforme desde as seleções de base e desde os clubes de ponta até a seleção principal. Estamos trilhando um caminho bem claro, que também está sendo aplicado pelos nossos jovens treinadores."

O que disse Stange, pode ser exemplificado com as classificações recentes do BATE Borisov para a fase de grupos da Uefa Champions League. Nas temporadas 2008/2009 e 2011/2011, na primeira participação caiu no grupo H, com Juventus, Zenit e Real Madrid. Empatou fora de casa com Zenit e Juventus, empatou em casa com a mesma Juventus. E amargou derrotas em casa para Zenit, Real Madrid e outra fora para o mesmo time espanhol. Ou seja, a primeira participação não foi ruim, dificultou para clubes mais tradicionais.Já na segunda participação, o sorteio não foi dos melhores, afinal, ninguém gostaria de cair numa chave com Milan e Barcelona. Além dos gigantes de Itália e Espanha, o outro representante era o Viktoria Plzeň, que foi coqueluche no futebol tcheco na temporada 2010/2011. Apesar da última posição no grupo H, a boa lembrança do empate com o Milan é guardada pelos torcedores. 

Para 2012/2013 o BATE está na 3º pré-eliminatória da UCL, na 2º passou pelo Vardar, da Macedônia, com um apertado 3 a 2 no jogo de ida e um empate por 0 a 0 no jogo de volta. Agora pega o Debreceni, da Hungria, se passar, estará mais uma vez na fase de grupos da competição de clubes mais importante do mundo. O contrato de Stange terminou no fim de 2011, para ser cargo foi chamado Georgy Kondratyev. Ele comandava a equipe Sub-21 que surpreendeu no europeu da categoria no ano passado quando ficou em terceiro e assim garantiu a vaga em Londres. Kondratyev assumiu a seleção principal e comandará a equipe Sub-23 nos Jogos Olímpicos. A equipe liderada pelo atacante Andrei Voronkov pretente causar ainda mais surpresa. 
Os bielorrussos têm bons motivos para vislumbrar um futuro cada vez melhor no futebol europeu. A campanha nas última eliminatórias para a Uefa Euro 2012 comprova, foram três vitórias, quatro empates e apenas três derrotas, campanha boa se comparada e de outros tempos. "Os meus jogadores ainda não estão aproveitando todo o seu potencial", afirmou Kondratyev em entrevista ao site uefa.com. "Tenho certeza de que a Bielorrússia poderia ter se classificado para a Eurocopa 2012. Vou impulsionar e inspirar os meus atletas." Na fase de grupos do europeu Sub-21 a Bielorrússia terminou empatada em número de pontos com a Islândia, mas passou para a fase seguinte por levar vantagem no confronto direto. Nas semifinais foi derrotada pela Espanha, que no fim seria a campeã, em um jogo dramático decidido apenas na prorrogação. Na disputa do terceiro lugar os bielorrussos venceram a República Tcheca com um gol de Egor Filipenko, garantindo a vaga em Londres. 


Sem poder contar com os irmãos Vyacheslav e Aleksandr Hleb, além de Sergei Krivets, o camisa dez da seleção é um brasileiro. Renan Bressan foi revelado pelo Atlético Tubarão, tem apenas 23 anos, apesar de aparentar ser bem mais velho. Depois de três boas temporadas no Gomel, acabou se transferindo para o BATE, lá já vai para sua terceira temporada. Há seis anos no país, ambientado com o clima e com as tradições locais, o brasileiro aceitou o convite e acabou se naturalizando bielorrusso. Krivets era o camisa dez do BATE em 2008/2009, com a campanha digna na Champions e os bons jogos que fez, transferiu-se para o Lech Poznań, da Polônia, onde jogou com Robert Lewandowski. Recentemente também foi atraído pela grana do futebol chinês e acertou sua transferência para o Jiangsu Sainty. Que a evolução é visível, ninguém discute. O certo agora é seguir o caminho correto de até então, os resultados mostram que a direção está certa. 



quinta-feira, 26 de julho de 2012

Torneio Olímpico Masculino - Grupo B - Suíça


Depois de 84 anos a Suíça retorna aos Jogos Olímpicos, a última vez que o país participou foi em 1928, quando foi eliminada na primeira fase após sofrer um goleada de 4 a 0 contra os alemães. Mas foi quatro anos antes que a Suíça conseguiu sem melhor resultado em Olimpíadas, quando foi prata ao ser derrotada pelo Uruguai, que com o Bi em 28 passou a carregar a alcunha de Celeste Olímpica. Até hoje, o melhor que a Suíça conseguiu no futebol internacional foi o título do Mundial Sub-17 de 2009, disputado na Nigéria.Muitos jogadores presentes naquela seleção vão representar os helvéticos em Londres, por outro lado, alguns que foram peças de destaque nesse Mundial caíram de produção e nem fazem mais parte da seleção. 

Um dos bons exemplos é Nassim Ben Khalifa, o descendente de tunisianos se destacou bastante com a camisa dez, marcou quatro gols no Mundial. Perdendo a artilharia para seu companheiro de seleção, o descendente de bósnios Haris Seferovic. Khalifa não conseguiu se firmar no futebol alemão, foi emprestado algumas vezes pelo Wolfsburg, não agradou e acabou retornando para o clube que o revelou, o Grasshoppers. Curiosamente, Seferovic também é cria dos Gafanhotos, mas seu destino foi o futebol italiano. Seus direitos pertencem a Fiorentina, que já o emprestou para Lecce e Neuchâtel Xamax, na temporada 2012/1013 terá a tão esperada chance de ser mais utilizado na Viola

Como você pode perceber, exitem muitos descendentes de países eslavos, principalmente fugidos de todas as guerras da antiga Iugoslávia. Muito deles migraram principalmente para Suíça e Suécia, aquela região historicamente sempre revelou grande jogadores. Alguns exemplos claros são Zlatan Ibrahimovic, Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri. O primeiro é craque da seleção nórdica e acaba de se transferir para Paris saint-Germain, clube cheio de grana dos sheiks do Catar. Xhaka era o melhor articulador do time campeão em 2009, com a camisa onze, esbanjava categoria colocando a bola com qualidade onde tivesse vontade. Shaqiri, uma ano mais velho, se destacou mesmo foi no vice-campeonato do europeu Sub-21, quando os helvéticos foram derrotados por 2 a 0 pela Espanha. 


Curiosamente, os dois são canhotos, promessas de craques, principalmente Shaqiri, que acaba de se transferir para o Bayern. Xhaka também seguiu um caminho parecido, fechou com o tradicional e agora ascendente Borussia Monchengladbach. Inicialmente os dois eram nomes certos na lista para os Jogos Olímpicos. Shaqiri não chegou a ser convocado pois o Bayern não aceitou liberá-lo, exigindo que ele participasse da pré-temporada com o clube alemão para já ir se ambientando e conhecendo os colegas de time. Xhaka chegou a ser convocado, mas o Monchengladbach também não o liberou para disputar os jogos em Londres. Sendo assim, o time que entraria como moral chega mais enfraquecido do que todos imaginavam.
As duas jóias suíças, são descendentes de kosovares, o Kosovo é o último país que ainda precisa conseguir se ver livre do domínio sérvio. Os problemas étnicos e religiosos ainda assolam aquela região dos balcãs. Sem os dois, a grande responsabilidade recai nas costas e nos pés de Admir Mehmeti, Pajtim Kasami, Fabian Frei e Fabio Daprelà. O primeiro é descendente de macedônios e recentemente foi negociado com o Dynamo de Kiev, da Ucrânia. Assim como o segundo, que já jogou no Sub-18 de Liverpool e Lazio, se destacou de forma razoável no Palermo e já vai para sua segunda temporada pelo inglês Fulham. Frei não tem nenhum parentesco com o artilheiro Alexander Frei, que é o maior artilheiro da história da seleção da Suíça. Daprelà, como o nome sugere, descende de italianos, lateral-esquerdo, sabe jogar no miolo de zaga se for preciso. Passou pelo West Ham e já vai para sua terceira temporada no Brescia, da Itália.

Para ajudar os mais jovens, o treinador Pierluigi Tami convocou o goleiro titular da seleção principal, Diego Benaglio. Os outros dois acima dos 23 anos são o zagueirão Timm Klose e o meia Valon Behrami, outro que veio do Kosovo. Inclusive já deu declarações esperançosas com relação ao seu país, que já possui certa autonomia, mas não é considerado um país de fato. A maioria dos países europeus ou não, já aprovam o Kosovo. Países importantes como Espanha e Rússia votaram contra a independência do país porque também possuem regiões dentro de seu território que pretendem o mesmo. Para ficar em alguns exemplos, Daguestão e Chechênia na Rússia, País Basco e Catalunha na Espanha. 

E para você que percebeu muito sangue eslavo debaixo da camisa vermelha da Suíça, se surpreenderá ainda mais ao saber que tem sangue sul-americano e africano em campo. O lateral esquerdo Ricardo Rodríguez é descendente de chilenos, demonstra ser bom nas subidas ao ataque, joga no Wolfsburg, da Alemanha. O camisa sete Innocent Emeghara é nigeriano, nasceu em Lagos, depois de seis anos na Suíça, acabou se naturalizando, hoje defende o francês Lorient. Com todos os problemas, jogadores não liberados, outros que não rendem como o esperado, ainda assim em um grupo com Gabão, Coréia do Sul e México, tem boas chances de se classificar. Discorda? Dê sua opinião!

Torneio Olímpico Masculino - Grupo B - Gabão


Pela primeira vez na história o pequeno país africano participa dos Jogos Olímpicos, fruto de um bom trabalho na base. Apesar da condição de estreante, a seleção do Gabão chega como campeã do pré-olímpico africano. O título conquistado em dezembro de 2011 encheu os jovens gaboneses de confiança para os novos desafios que virão. "Vamos disputar os Jogos Olímpicos pela primeira vez, depois de trazermos para casa o primeiro troféu da história do Gabão", disse o técnico Claude-Albert Mbourounot. "Isso nos deixa muito orgulhosos, mas ainda queremos mais."






Coorganizada por Gabão e Guiné-Equatorial, a Copa Africana de Nações 2012 foi um bom teste para os atletas Sub-23. Um dos testados foi André Poko, titular nos três jogos da primeira fase, todos vencidos pelo Gabão. Nas quartas de final só foram derrotados por Mali na emoção das penalidades, deixando os torcedores locais cabisbaixos. "A experiência da Copa Africana de Nações será muito positiva para mim e para a seleção nos Jogos Olímpicos", comentou o jovem de 20 anos do Bordeaux. "Os bons resultados foram um passo importante para o futebol do Gabão. Participamos do nosso primeiro grande campeonato e aprendemos bastante."






O principal destaque do time é Pierre-Emerick Aubameyang, atacante de apenas 22 anos que é o melhor atleta da família Aubameyang. Falar sobre o futebol gabonês e não citar as aventuras dos filhos de Pierre "Yaya" Aubameyang. O ex-jogador fez sua carreira toda no futebol francês passou por USM Malakoff, Laval, Le Havre, Toulouse, Nice e Rouen. Com uma surpreendente passagem pelo futebol colombiano, onde defendeu o Junior Barranquilla, Pierre pai ainda teve uma passagem pelo Triestina, da Itália, antes de encerrar sua carreira no Rouen. Yaya tem três filhos que iniciaram suas carreiras nas categorias de base do AC Milan, da Itália. Entre 2001 e 2003, o mais velho, Catilina, após sair do Milan passou por alguns times pequenos dentro da Bota, assim como por modestos times suíços e franceses, hoje é lateral-esquerdo do FC Sapins, time gabonês que está investindo bem no futebol local.


Willy é o segundo filho, sem espaço no Milan, acabou rodando por clubes menores na Itália, na Bélgica e na Escócia. Sem se firmar, hoje ao 25 anos, joga no Sapins FC com seu irmão mais velho que com o atacante e ídolo recente da seleção, Daniel Cousin. Pierre Emerick sempre foi apontado pelo próprio pai como o mais talentoso dos filhos. Sem muitas chances no Milan, rumou para o futebol francês onde passou por vários times. Dijon. Lille, Mônaco, até se firmar no Saint-Étienne. Aonde é respeitado pela torcida que curte suas arrancadas em velocidade! O Gabão está determinado a figurar entre as maiores potências do futebol africano, o treinador Claude Mbourounot, vê nas Olimpíadas uma ótima oportunidade para continuar a ascensão internacional do país. 




Para manter ou aumentar o status da seleção gabonesa, Mbourounot tem como objetivo: "Jogar um futebol bonito, alegre e vistoso", avisou. "Ficaríamos felizes de passar da primeira fase e estar entre os oito melhores." E para ajudar Aubameyang nesse objetivo, o treinador conta também com os bons serviços de Rémy Ebanega, Emmanuel Ndong Mba, Allen Nono e o já apresentado André Poko. No pré-olímpico o Gabão estreou com derrota para o tradicional Egito. E empatou o segundo jogo contra a frágil equipe Sul-Africana. Correndo o risco de eliminação precoce,os gaboneses foram com tudo para cima da Costa do Marfim e conseguiram uma suada vitória por 3 a 1, de virada. E nas semifinais derrotaram o Senegal, que havia liderado o grupo A. Mas não foi fácil, 1 a 0 zero na prorrogação e com muita luta, para na final derrotarem o anfitrião Marrocos. menos mal para os jogadores da África Árabe que a classificação para Londres foi garantida mesmo com a vergonha de perder em casa. 








Fato interessante é que o time não depende exclusivamente de um jogador, na campanha que culminou com a classificação para Londres, seis jogadores diferentes balançaram as redes, só Ndong Mba fez mais gols.Acima dos 23 anos, Mbourounot chamou o goleiro Didier Ovono, que há anos joga na França, onde defende o Le Mans. Na defesa Charly Moussono foi chamado, assim como Bruno Ecuele Manga, zagueiro do Lorient que é um dos mais conhecidos do elenco. E você leitor, o que acha? Será que o Gabão vai encantar nesses Jogos Olímpicos?