domingo, 2 de dezembro de 2012

Campeonato Brasileiro - Resumo do Primeiro Turno - Náutico



Clube Náutico Capibaribe

Time base:


Treinador: Alexandre Gallo

No começo do campeonato um dos gigantes do Recife jogava no 4-4-2 clássico brasileiro, ou se preferirem, o 4-2-2-2. Nos três primeiros jogos, Gideão foi titular no gol, não demorou muito e Felipe assumiu a posição para não perder mais. Formando a linha de quatro defensiva, o volante de origem Auremir, foi bem como lateral-direito. Ronaldo Alves e Márcio Rozário formavam a dulpa de zaga, Lúcio, aquele lateral-esquerdo com passagens importantes por Palmeiras e Grêmio, quando em condições físicas, sempre foi o titular. Não foram poucas as vezes que o Timbu jogou com três zagueiros, até por ter boas opções nesse setor, o treinador Alexandre Gallo aproveitou bem a variedade que tinha. 

A dupla de volantes era formada por Elicarlos e Martinez no começo, mas quando Souza se firmou ao lado de Elicarlos, Martinez passou a jogar mais adiantado. Por muitas vezes Derley e Martinez se alternaram na armação ao lado de Ramón. Aquele mesmo que foi revelado com pompa pelo Atlético Mineiro, com passagem rápida pelo Corinthians e que rumou cedo para o futebol russo, onde passou a defender as cores do CSKA Moscou. Depois de ínúmeros empréstimos para vários clubes, incluindo Bahia e Flamengo no Brasil, Krylya Sovetov dentro da Rússia, o CSKA se cansou de esperar a eterna promessa desabrochar e o negociou em definitivo com o Consadole Sapporo, do Japão. 

No ataque a dupla mais utilizada durante o primeiro turno foi Araújo e Rhayner, o primeiro dispensa comentários, todos o conhecem bem. O segundo, apesar de ter apenas 22 anos já rodou muito pelo futebol brasileiro. Tem como principais qualidades a velocidade e o drible, sabe jogar aberto pelos flancos ou até mesmo como meia-ofensivo. Pensando em se manter na primeira divisão, o Náutico subiu dois atacantes das categorias de base, Marcos Vinícius e Piauí. Repatriou dois bons jogadores que estavam no futebol árabe, Rico e Kieza. Além de conseguir o empréstimo do centroavante Dimba, que no primeiro semestre mostrou qualidade nas chances que teve no time do Santos, ainda no Campeonato Paulista. Outras opções no elenco eram Reis, Kim e Rogério. 

Rogerio é xodó da torcida, mas passou um longo tempo se recuperando de uma séria lesão e quase não jogou no primeiro turno. Foi revelado nas categorias de base do Porto, de Caruaru, um dos times que mais revelam bons jogadores no futebol do Pernambuco. Rodrigo Tiuí, cria da base do Fluminense, que já jogou em todos os times do mundo, nunca conseguiu ser titular. O garoto Siloé acabou emprestado ao Boa Esporte. Dori, outro que já foi apontado como futuro craque retornou para o futebol chinês. E todos os esforços da diretoria para aumentar as opções do treinador foram válidos. Assim que Kieza ficou apto fisicamente para jogar, Gallo começou a utilizar a formação coqueluche do momento, o 4-2-3-1 que variava para um ousado 4-3-3. Forte em casa, o Timbu atropelou a maioria dos adversários jogando nos Aflitos, como sua torcida gosta de falar, é lapada na certa! 

Com as saídas de Derley, Auremir, Ramón, Siloé, Márcio Rozário e Cesinha, as coisas passaram a ficar mais claras. Sendo assim, era fácil ter uma noção de qual era o time titular. Jean Rolt se firmou ao lado de Ronaldo Alves na defesa. Alessandro, aquele lateral-direito que por anos foi indiscutível no Atlético Paranaense, como também por anos foi incontestável no Botafogo, se firmou depois que Auremir rumou para o Vasco. E a diretoria não foi lenta e trouxe o bom Patric, que apesar de ter saído escurraçado do Atlético Mineiro, fez um ótimo Brasileirão com a camisa do Avaí em 2011. Outra boa opção para essa posição foi João Ananias, garoto revelado na base. Sendo assim, com muitas opções, a disputa dentro do elenco acabava sendo benéfica. Com as sombras, Alessandro não podia relaxar e perder a posição.

Gustavo, Alemão, Marlon e Alison conseguiam manter o nível da defesa quando um dos titulares não podia jogar, ou quando Gallo optava por três zagueiros. No entanto, Marlon e Alemão que contavam mais com a confiança do treinador, Gustavo e Alison jogaram pouco. Como Lúcio já teve problemas sérios nos joelhos e não é mais um jovem (33 anos), o Naútico correu atrás João Paulo, bom lateral-esquerdo que foi revelado na badalada base do Fluminense. Após se destacar com a camisa da Ponte Preta, chegou ao clube pernanbucano. Que subiu o jovem Douglas Santos da base, com apenas 18 anos, o garoto agradou e até jogou mais vezes que João Paulo, que tem 22 anos. Entendendo que para um campeonato tão longo como o brasileiro é necessário um elenco forte, a diretoria merece aplausos, poi fez um ótimo trabalho. A torcida do Timbu com certeza não deve ter o que reclamar da gestão do presidente Paulo Wanderley. 

Estrangeiros também se mostraram presentes, Andrés Romero e Overath Breitner foram dois dos jogadores suplentes mais utilizados por Gallo. O argentino, com notável habilidade na perna esquerda entrou bem inúmeras vezes. O mesmo vale para o venezuelano com nome de craques alemães do passado, fruto da paixão de seu pai por futebol. Como se não bastasse a cômica curiosidade, Breitner tem um irmão que se chama Roberto Prosinecki, numa clara homenagem a Robert Prosinecki, craque croata que defendeu gigantes do futebol mundial, como Dinamo Zagreb, Estrela Vermelha, Real Madrid e Barcelona. Que também ganhou destaque por ter disputado uma Copa com a camisa da antiga Iugoslávia e outra com a Croácia, naquele saudoso timaço que ainda contava com Boban, Suker, Jarni, entre outros bons jogadores. 

Outras opções no elenco do Náutico foram o arisco Rogerinho, o experiente Josa, o polivalente Dadá e o jovem Helder, cria do Náutico que rodou um pouco no futebol pernambucano para ganhar experiência. Sem contar Cleverson, que apesar do rebaixamento do Avaí em 2011, foi um dos bons nomes daquele time. O Náutico foi esperto e não gastou muito para contar com sua velocidade e boa capacidade de definição. Ramirez, que apesar do nome é brasileiro, entrou inúmeras vezes, volante pegador que foi muito útil. O velocista Vinícius Pacheco, que por anos foi esperança flamenguista, também foi útil quando requisitado. Por mais que tenha dificuldades técnicas com a bola. Contudo, o que foi dito acima mostra com clareza os motivos que levaram o Náutico a se manter na elite do futebol braileiro para 2013.