sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Libertadores 2012 - Jogo 3





Ranking da Conmebol: 17º (em 26 de dezembro de 2011)
Participações Anteriores: 39 (1960,1961,1962,1963,1965,1966,1967,1968,1969,1970,1971,1972,1973,1974,1975,1976,1977,1978,1979,1981,1982,1983,1985,1986,1987,1988,1989,1995,1996,1997,1998,2000,2001,2002,2003,2004,2005,2009, 2011)
Melhor Colocação: Campeão (1960,1961,1966,1982,1987)


Depois de alguns anos no ostracismo quando o assunto é competições sul-americanas, em 2011 o grande Peñarol ressurgiu e demonstrou o peso de sua camisa. Mesmo com um time limitado e no máximo aguerrido conseguiu chegar até a final surpreendendo muita gente. Principalmente após eliminar o Vélez Sársfield da Argentina, que até então vinha jogando o futebol mais consistente e ofensivo da competição.
Contou com a boa fase do argentino Alejandro Martinuccio (hoje no Fluminense), do goleiro Sebastián Sosa (que está no Boca Juniors) e do veterano Darío Rodríguez . Alguns coadjuvantes jogaram muito e ajudaram o clube Carbonero, como o atacante grandalhão Juan Olivera, o volante Matías Corujo (atualmente no Cerro Porteño-PAR) e o zagueiro Carlos Valdez. Urretaviscaya, Estoyanoff e principalmente Luis Aguiar contribuíram bem.

O time aurinegro conseguiu a vaga para esta edição após obter melhor pontuação na tabela agregada 2010/2011 no Uruguai. Alguns jogadores retornaram para o futebol Charrúa e muitos deles para o Peñarol. É o caso de Fabián Carini (era reserva de Sosa) e Marcelo Zalayeta, retornando para casa buscando bons ares depois de perambular por vários times do mundo. Na defesa conseguiu dois bons reforços, Bruno Montelongo e Adrían Gunino, ambos passaram pela Europa, respectivamente por AC Milan e FC Toulouse.
O clube também trouxe Rodrigo Mora, atacante que estava no Benfica - POR e Walter López, meia que estava atuando com a camisa do Universitatea Craiova, da Romênia. Nicolás Amodio retornou da Itália, onde jogou por muitos anos e ajudou o Napoli a retornar para a elite. No mais buscou alguns jogadores experientes em clubes de menor expressão no país. O baixinho Juan Álvez chega do Liverpool, enquanto o goleiro argentino Danilo Lerda e o atacante Maxi Pérez chegam do modesto Fénix.

Os outros jogadores do elenco atual são remanescentes do time vice-campeão em 2011 e jogadores pinçados das categorias de base. Alguns deles na verdade foram formados pelo Danubio, pequeno time uruguaio que vem fazendo bons trabalhos na base. Inclusive Carini é cria do Diluvio, mas o melhor exemplo do momento é Edison Cavani, artilheiro idolatrado pela torcida do Napoli. No segundo semestre do ano passado o brasileiro João Pedro, de apenas 19 anos foi um dos jogadores mais elogiados pela imprensa uruguaia. O jovem atleta revelado pelo Atlético Mineiro, teve passagens pelo sub-20 do Palermo, da Itália e Vitória de Guimarães, clube de Portugal. As perdas foram sentidas, mas muito bem repostas. Sosa, Corujo, Guillermo Rodríguez e Martinuccio souberam encarnar a garra característica de Argentina e Uruguai e portanto são respeitados pelos torcedores que sentem saudades. 

Valdez, Alejandro González, Darío Rodríguez, o paraguaio Edison Torres e Nicolás Freitas são bons nomes que ainda estão no Campeón del Siglo. Freitas inclusive se assemelha bastante com Egidio Arévolo, jogador de muita pegada no meio, um autêntico 'pitbull'. Se o Peñarol não assusta mais como nos anos 60 e 80, ao menos vem demonstrando vontade de estar entre os maiores, lugar que é seu por direito.
O baixo poder aquisitivo não permite que o clube uruguaio monte esquadrões imponentes, mas as contratações cirúrgicas demonstram que os dirigentes Mirasoles hoje são mais profissionais.




Ranking da Conmebol: 23º (em dezembro de 2011)
Participações Anteriores: 12 (1993,1995,1996,1998,2004,2005,2006,2007,2008,2009,2010,2011)
Melhor Colocação: Quartas-de-Final


O Caracas FC chega para essa Libertadores após conseguir a 3º posição na pontuação agregada de Clausura e Apertura 2010/2011. O crescimento do futebol venezuelano reflete no El Rojo, que em 2009 chegou às quartas-de-final da competição, sua melhor posição até então. Mas poucos devem se lembrar que foram eliminados pelo Grêmio apenas pelo critério do gol fora de casa. Empate em 0 a 0 na ida em Porto Alegre, na volta 1 a 1 que eliminou o time da casa. Aquele time que tinha o goleirão Javier Toyo. Na defesa contava com os irmãos Alejandro e Gabriel Cíchero, José Manuel Rey que levava perigo com seu potente chute. No meio o baixinho Luis Vera era o terror dos adversários, marcador implacável. Alejandro Guerra pelos lados do gramado infernizava a vida dos laterias 'inimigos'. César González e Fraklin Lucena organizavam o meio-campo, com bons passes e bom entrosamento, no ataque o oportunista Rafael Castellín guardava os seus!

Porém, em 2010 as coisas não foram tão boas para o time venezuelano, não deu sorte no sorteio e caiu no Grupo 8, com Flamengo, Universidad de Chile e Universidad Católica. Neste grupo, uma classificação dos Demonios Rojos seria um feito maior do que seu melhor desempenho até hoje. Em 2011 também não caiu num grupo fácil, mas ao contrario do ano anterior quando ficou na lanterna do grupo, engrossou para cima de Vélez Sársfiel, Unión Española e Universidad Católica. O time chileno mais tradicional se classificou em primeiro com 11 pontos, Vélez em segundo com 10 e o Caracas FC ficou em terceiro com 9, deixando o Unión Española na lanterna com quatro pontos. O time atual aposta em Renny Vega, reserva de Toyo em 2009, mas apesar de baixo para a posição é titular da seleção Vinotinto. Na defesa Rohel Briceño (da seleção) e o paraguaio Fidel Amado Pérez são os destaques, além dos jovens Edwin Peraza e Pablo Camacho. No meio nomes conhecidos como Lucena, Jiménez e Gómez ainda estão no time. O camisa 10 Ángelo Peña é habilidoso e finaliza bem, como você pode ver aqui e aqui! Uma novidade para esta temporada é o brasileiro Antonio da Silva, que não é aquele que fez (faz) sucesso no futebol alemão. É jovem e seu último clube no Brasil foi a Ponte Preta.

No ataque o camisa 9 Fernando Aristeguieta, jogador formado no clube, é um autêntico matador, faz bem o pivô e serve com qualidade os companheiros como você pode ver nesse jogo contra os Mineros de Guayana. Para ajudar o centro-avante, o paraguaio camisa 7, Víctor Ferreira está à disposição do treinador Ceferino Bencomo. Enfrentar o tradicional Penãrol não vai ser nada fácil, mas no futebol tudo é possível. Nem sempre o favorito vence.

O vencedor entra no Grupo 8, onde já estão definidos Atlético Nacional- COL, Universidad de Chile, Godoy Cruz - ARG

Palpite: Peñarol



Nenhum comentário:

Postar um comentário