terça-feira, 24 de abril de 2012

Grupo 6






Ranking da Conmebol: 29º (16/04/2012)
Participações anteriores: 10 (1977,1991, 1996, 1999, 2000, 2003, 2006, 2010, 2011, 2012)
Melhor colocação: Semifinal em 2000
Como se classificou: Campeão Brasileiro 2011

O Corinthians, cercado pela pressão da mídia pela conquista da maior competição das Américas fez uma primeira fase tranquila. Mesmo após o susto na estreia, quando empatou com o fraco time do Deportivo Táchira na Venezuela. Apesar das críticas, o time se recuperou no jogo seguinte ao vencer o Nacional do Paraguai por 2 a 0. Em meio a tudo isso, o time de Tite sofria criticas por marcar poucos gols e conseguir várias vitórias por 1 a 0. No jogo seguinte, contra os mexicanos do Cruz Azul, empate em 0 a 0 que por pouco não virou derrota. Não fosse por Chicão, que salvou uma bola quase dentro do gol, a história poderia ser negativa.

No jogo de volta contra os mexicanos, no Pacaembu quase lotado, o time dominou mais as ações do jogo.
Fez 1 a 0 e logo quis apenas controlar o jogo, no final esse erro quase custou caro e por pouco o Cruz Azul não saiu com o empate, a bola felizmente - para o time brasileiro - tocou na trave de Júlio César. Com o apito final e a liderança até então provisória, o Corinthians esperou tranquilo até o jogo de volta contra o Nacional. A partida acabou transferida para Ciudad del Leste, cidade na divisa com o Paraná. Sem chances de classificação, o Tricolor vendeu o jogo para uma empresa. Dessa forma se viu muito mais brasileiros corintianos no estádio do que torcedores do simpático e querido Nacional, como seus torcedores o chamam. E assim o clube paraguaio faturou bem mais com a renda do jogo, aproveitando a grande torcida do adversário.

Classificado em primeiro no Campeonato Paulista mesmo jogando algumas vezes com o time reserva, com a melhor defesa da competição, o time parece ter melhorado um pouco o ataque, como ficou evidente nos últimos jogos. Classificado como o segundo melhor colocado no geral da primeira fase da Libertadores, sem nenhuma derrota, com a melhor defesa da competição, o Corinthians se prepara para enfrentar o Emelec. Que é um time perigoso, com dois atacantes argentinos de qualidade, Mondaini e Figueroa. Respeitar os Elétricos já é um bom começo para tentar uma classificação para pegar Lanús ou Vasco nas quartas de final. Se der a lógica, teremos um clássico brasileiro eletrizante nas quartas.

O time de Tite, é muito bem organizado, coeso e unido, diria até que o maior destaque do time é o coletivo.
Sem vaidades, com jogadores que se doam, se matam em campo, como Jorge Henrique e Ralf. É bem claro que o ataque precisa melhorar muito. Edenílson entrou bem na vaga de Alessandro, que vive machucado. O meia/volante de origem tem agradado tanto que Welder e Alessandro dificilmente recuperam a vaga. Liedson começa a recuperar seu faro de gol, até mesmo Emerson melhorou na finalização, seu pior defeito. A goleada de 6 a 0 no fechamento do grupo 6 veio a calhar, deu moral ao time, mesmo que o adversário não seja dos mais fortes. A confiança tende a aumentar e as peças estão se encaixando cada vez melhor. Se tudo o que foi dito vai bastar para ser campeão ninguém sabe, mas que o atual campeão brasileiro é carne de pescoço ninguém pode negar!





Ranking da Conmebol: 64º (16/04/2012)
Participações anteriores: (2001, 2003, 2012)
Melhor colocação: Vice-Campeão em 2001
Como se classificou: 2º melhor colocado na Liguilla do Apertura 2011

La Máquina Azul começou bem essa Libertadores, na estreia visitou e venceu o Nacional em Assunção por 2 a 1. Numa noite inspirada em que Javier Orozco foi o autor dos dois gols do time mexicano, Ariel Bogado descontou para os paraguaios. A vitória talvez tenha sido um placar além do esperado, mas já era nítido que o Cruz Azul é um time superior. No segundo jogo uma implacável goleada contra o Deportivo Táchira. Orozco guardou mais um, e os estrangeiros atacantes Edixon Pera e Emanuel Villa marcaram os seus. Um colombiano e um argentino, e o lateral-esquerdo mexicano Adrián Cortés também fez o seu.

O empate em casa contra o Corinthians não pode ser considerado um bom resultado, mas os Cementeros não estiveram mal na partida. Tiveram as melhores chances, mesmo enfrentando um time aclamado por sua regularidade e frieza. Para o time brasileiro o resultado se não foi maravilhoso foi aceitável, não é fácil jogar no México. O empate por 0 a 0 no fim, acabou valendo como uma vitória, pois Chicão salvou uma bola quase em cima da linha que poderia ter custado a derrota.

No jogo de volta, no Pacaembu, o que se viu foi mais um jogo equilibrado e com poucas chances de gol.
Danilo esteve bem pelo lado corintiano, de jogador extremamente criticado e mal visto pela torcida, hoje é respeitado como um dos principais do time. Muito pelas boas atuações durante a Libertadores e pelos gols importantes que vem marcando. O gol de cabeça aos 35 do primeiro tempo, deu mais tranquilidade ao Timão. Que recuou afim de segurar o placar, numa atitude bem arriscada. E o Cruz Azul perdeu algumas boas chances e inclusive acertou a trave de Júlio César. Por sorte, o Corinthians saiu vitorioso.


La Máquina Celeste parece ter sentido a derrota, pois no jogo seguinte o péssimo empate contra o time mais fraco do grupo atrapalhou os planos da equipe. O 1 a 1 na Venezuela só não foi pior porque o Nacional já havia empatado por 0 a 0 com o mesmo Táchira. Christian Giménez, argentino e camisa 10 de Los Blaqui-Azules fez o gol do empate. O meia Maurício Parra havia aberto o placar para o time do país de Hugo Chávez.

Na rodada derradeira o Cruz Azul recebeu seu adversário da estreia, e desta vez deixou ainda mais clara sua superioridade técnica. Javier Antonio Orozco, em boa fase, abriu o placar para El Sub-campeonisimo.
O brasileiro Francinilson Santos Meirelles - mais conhecido como Maranhão - fez o segundo do time azul no fim do primeiro tempo. Omar Bravo fez o terceiro, este que já tem 65 convocações para seleção mexicana e por ela fez 15 gols, aos 32 anos não é mais aproveitado pela El Tri, mas inda é um jogador de muita qualidade. Após seu gol, deu lugar a Edixon Perea, o colombiano não decepcionou, fazendo o quarto gol da tranquila goleada. Classificado em segundo no grupo 6, O Cruz Azul pega o Libertad - PAR nas oitavas.  

Palpite: Passa com dificuldades!





Ranking da Conmebol: 42º (16/04/2012)
Participações anteriores: 4 (2006, 2009, 2010, 2012) 
Melhor colocação: Primeira fase
Como se classificou: Segunda melhor pontuação entre os campeão do Apertura e Clausura 2011

O Club Nacional não é uma potência no Paraguai, não chega a rivalizar com os gigantes Olimpia e Cerro Porteño, ou nem mesmo com o ascendente Libertad. Apesar de não ter a grandeza de seu homônimo uruguaio, o Nacional Querido, como é chamado no Paraguai, possui oito títulos nacionais. Além de mais nove vices da primeira divisão e três títulos da segunda divisão. O último em 2003, quando retornou para a divisão principal para não mais sair. O simpático time fez o que pôde dentro das limitações de seu país, das limitações financeiras. Para eles, passar para a segunda fase já seria motivo de comemoração.

O elenco é pequeno e modesto, com alguns argentinos e um brasileiro, Rodrigo Teixeira é o nome dele, já jogou em meio mundo. Dos argentinos o mais conhecido é Javier Villarreal, volante aguerrido que foi campeão da Libertadores com o Boca Juniors em 2001 e 2003. Os outros são os goleiros Ignacio Don e Gérman Caffa e o atacante Germán Cano. O atacante Ariel Bogado costuma ser importante para o time, assim como Denis Caniza, que aos 37 anos ainda joga bem. Muito experiente, jogou por muitos anos na seleção paraguaia. De resto, apenas jogadores jovens e alguns veteranos poucos conhecidos.

Estar na Libertadores já é um feito notável para um clube que pelos títulos pode ser considerado grande em âmbito nacional. Mas internacionalmente ainda há muito por melhorar.




http://www.deportivotachira.com/


Ranking da Conmebol: 54º (16/04/2012)
Participações anteriores: 17 (1980, 1982, 1983, 1985, 1987, 1988, 1989, 1991, 2001, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2011, 2012)
Melhor colocação: Quartas-de-final em 2004
Como se classificou: Campeão do Apertura 2010/2011

O grande Deportivo Táchira dentro da Venezuela e o tradicional na Libertadores este ano não deu sorte e caiu num grupo difícil. Logo de cara era clara a superioridade de Cruz Azul e Corinthians e pouco se esperava do Nacional. De modo que, aos venezuelanos conseguir não levar goleadas já era satisfatório. Com um time bem abaixo daquele que chegou às quartas-de-finais em 2004, onde foram eliminados pelo São Paulo com grande facilidade. 7 a 1 no agregado, 3 a 0 no Morumbi, 4 a 1 lá em San Cristóbal, posteriormente o clube brasileiro acabou eliminado pelo Once Caldas, que acabou sendo o campeão daquela edição. 

Se não tomar goleadas de mexicanos e brasileiros, ao menos engrossaram contra os paraguaios, um empate e uma derrota apertada por 3 a 2, no Paraguai. E em casa, mostrou força contra os adversários mais fortes, empatou por 1 a 1 com Corinthians e Cruz Azul. Sinal de evolução? Possivelmente sim. 
Quem sabe nos próximos anos o Táchira não possa superar o time de 2004? É um clube que conquistou o campeonato nacional em sete oportunidades. Lá dentro é respeitado, como não poderia ser diferente. Que venha a próxima Libertadores.

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