Cruzeiro Esporte Clube
Time base:
Treinador: Celso Roth
Antes
comandado por Vágner Mancini, o Cruzeiro até que olhou bem para o
mercado dentro de suas limitações atuais. Contratou o lateral-esquerdo
Gilson, que apesar do rebaixamento, foi um dos bons nomes do América
Mineiro em 2011. Acertou também com Marcos, lateral-direito que se
destacou com o Bahia, muito bom em jogadas de bola parada. Do Coelho
veio também Amaral, volante de marcação viril, mas que com a camisa
verde e preta até que se saiu bem, inclusive fazendo belos gols de falta
ou de chutes de fora da área. O Cruzeiro trouxe os zagueiros Mateus,
foi bem na Portuguesa, Rafael Donato, se destacou no Bahia, manteve o
uruguaio Mauricio Victorino, que é bom zagueiro. Todos eles brigando
para ver quem forma a zaga com Léo. Como no futebol não se vive só de
acertos, a Raposa decidiu apostar em Alex Silva, o popular pirulito.
Inteiro é um bom zagueiro, mas todos sabem que os problemas crônicos nos
joelhos o impedem de jogar tudo o que pode. Não deu outra, mal chegou
já se contundiu novamente.
No
gol o Cruzeiro está muito bem servido há anos, Fabio é goleiro de
seleção e merecia mais chances com Mano Menezes. Para o meio-campo, o
Cruzeiro contratou Rudnei, Souza e Tinga. Dois veteranos já consagrados e
um possante volante indicado por Mancini. Também pudera, Rudnei jogou
muito com a camisa do Ceará em 2011. Mais tarde ainda chegaram Willian
Magrão e Sandro Silva, o primeiro foi bem no Grêmio e na Ponte Preta,
joga na zaga e no meio. O segundo, além de marcar muito bem, tem
velocidade e sabe criar boas jogadas pelas alas. Charles retornou do
Lokomotiv da Rússia, mas nem de longe lembra aquele jogador que se
destacou ao lado de Ramires no biênio 2007/2008. Parece muito pouco para
um clube do tamanho do Cruzeiro não? O maior reforço foi mesmo a
permanência do argentino Walter Montillo. O clube mineiro recusou
propostas de São Paulo, Flamengo e Corinthians. Montillo chegou até a
dar entrevista dizendo que queria jogar pelo Timão. Mas o presidente
Gilvan de Pinho Tavares manteve o pulso firme e segurou o jogador, não
antes daquele belo aumento salarial.
E
o ataque? Desculpem os cruzeirenses, mas ao olhar as opções: Wellington
Paulista, Fabinho, Anderson Lessa, Walter, Anselmo Ramon e Bobô. Dá
vontade de chorar não? Isso sem citar Wallyson, que passa longe dessa
lista de caneludos. Menos mal que a diretoria conseguiu contratar
Borges, insatisfeito no Santos. Aproveitou bem o rebaixamento do
Villarreal na Espanha e conseguiu contratar Alejandro Martinuccio que
pertencia ao Fluminense. Mas os problemas burocráticos e contusões
impediram que o argentino entrasse em campo. Emílson Cribari, Gilson,
Bobô, Andersson Lessa, Amaral, Rudnei, Jackson e Walter não eram do
agrado de Celso Roth, hoje já nem fazem mais parte do elenco. Cribari e
Bobô chegaram ainda em 2011 e sofreram muito na luta contra o
rebaixamento. Lessa vive sendo emprestado desde que o Cruzeiro comprou
seu direitos federativos, Rudnei rumou para o futebol russo, Bobô
retornou para a Turquia, onde é respeitado. Walter apareceu muito bem
com a camisa do Internacional, foi negociado com o Porto, mas em
Portugal acabou perdendo o foco. O Cruzeiro apostou em sua recuperação,
mas logo viu que os problemas com a balança eram mais sérios do que se
pensava. Assim o outrora promissor atleta, está jogando a Série B pelo
Goiás!
Com
a aposentadoria de Roger, a qualidade caiu muito ali no meio do time
celeste. A torcida gosta muito do prata da casa Élber, grita seu nome
muitas vezes quando sente que falta qualidade na armação das jogadas.
Fabinho se destacou no Paulistão pelo Guarani, mesmo assim, não é
jogador do nível que o Cruzeiro precisa. Fábio Lopes veio do Japão, onde
defendia o Cerezo Osaka, mas até aqui pouco jogou. Muitos criticam
Celso Roth, mas se hoje a Raposa tem chances de beliscar uma vaguinha na
Libertadores 2013, os méritos maiores são do treinador gaúcho, que vem
tirando leite de pedra. O começo com dois empates sem gols mostrou que
as coisas não seriam fáceis. Mas algumas vitórias consecutivas iludiram
aquele torcedor que não acompanha com tanto afinco. Mas quando as
derrotas consecutivas vieram as deficiências do time ficaram
escancaradas. Resta agora aos torcedores, rezar para que Martinuccio
jogue um futebol parecido com o que jogou na Libertadores 2011 e que
Wallyson recupere a boa fase, não é fácil depois da grave contusão que
sofreu. E aí, será que pega uma vaga na competição mais importante da
América do Sul?
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